A greve de fome foi confirmada pelo Observatório Venezuelano de Prisões (OVP), uma Organização Não Governamental (ONG) que recebeu denúncias de que a atual direção daquela prisão reduziu o horário de visitas de familiares e mudou o lugar onde os reclusos recebem as visitas, deixando os familiares sem acesso aos sanitários.
"Os membros da família têm de esperar até ao fim das suas horas de visita para sair da prisão e fazer as suas necessidades. [...] A maioria dos afectados são mães e avós, pessoas idosas, que não podem adiar fazer as suas necessidades", explicou o OVP em um comunicado.
A ONG disse ter recebido denúncias de que "as visitas conjugais teriam sido alegadamente gravadas pelo pessoal de custódia" do Cepra.
Segundo o OVP, os presos exigem falar com as autoridades, porque as restrições a visitantes afectam "praticamente o único sustento" que têm: ao haver menos visitantes recebem menos alimentos.
"A comida fornecida na prisão é insuficiente e, como em outras prisões, o menu diário é sopa de pão ou arroz sem nenhum acompanhamento", explica o OVP.
Os detidos denunciam que há surtos de várias doenças dentro da prisão, entre elas hepatite e dengue e que o Ministério de Serviço Penitenciário não lhes está a prestar a assistência médica requerida.