Cuba reabre sem restrições as fronteiras na segunda-feira com o objectivo de reverter a queda do sector turístico, segunda fonte de divisas da economia nacional.
A partir de segunda-feira, todos os passageiros que tenham recebido uma vacina reconhecida pelas autoridades sanitárias do país de origem e menores de 12 anos poderão entrar sem ter de apresentar um teste negativo nem fazer quarentena no país.
Aos viajantes sem vacina será exigido um teste PCR negativo ou um teste antigénio de um laboratório certificado do país de origem feito nas anteriores 72 horas à chegada a Cuba.
Segundo as autoridades de saúde cubanas, se um viajante apresentar “sinais e sintomas de covid-19 ou de outra doença transmissível” será enviado para uma instituição de saúde para ser diagnosticado.
Mantêm-se em vigor a medição da temperatura a todos os viajantes à entrada e saída do país, o uso obrigatório de máscara e de desinfectantes para as mãos, bem como a apresentação do seguro médico covid-19.
Segundo estimativas do Ministério dos Transportes, prevê-se o aumento gradual das operações aéreas nos 10 aeroportos internacionais da ilha, passando dos actuais 63 voos semanais para 400 no final do mês.
Está também programada a reabilitação dos terminais marítimos para retomar a chegada dos cruzeiros em Dezembro.
Antes da chegada da covid a Cuba, em Março de 2020, o turismo representava 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e ocupava o segundo lugar em importância para a economia, atrás dos serviços profissionais.
Por outro lado, a contracção do sector no último ano e meio serviu para recuperar e remodelar instalações e também para a construir novos hotéis em Havana e na província oriental de Holguin e Varadero, o principal destino de sol e praia.
À oferta hoteleira de 70 mil camas vão somar-se, na reabertura, mais quatro mil. Os planos do governo apontem para que em 2030 a ilha conte com mais de 103 mil camas.