Tempestade atinge mais de 45 mil pessoas em Moçambique

PorExpresso das Ilhas, Lusa,28 jan 2022 8:02

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que "mais de 45 mil pessoas, incluindo 23 mil mulheres e crianças, precisem de assistência humanitária" em Moçambique, depois da passagem da tempestade Ana, desde segunda-feira.

A população afectada vive nas províncias mais povoadas do país, ou seja, Nampula e Zambézia, e ainda em Tete, Niassa, Sofala e Manica, todas no norte e no centro.

De acordo com dados das autoridades locais e do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), pelo menos 20 pessoas terão morrido com a tempestade, embora relatos da população nas zonas afectadas apontem para um balanço de vítimas ainda maior, por registar.

Citando dados do INGD, a agência das Nações Unidas anunciou hoje em comunicado que a tempestade "danificou quase 10.500 casas, bem como pontes, linhas eléctricas, escolas, sistemas de água e instalações de saúde".

Num balanço preliminar da Protecção Civil, foram atingidas 12 instalações de saúde e 346 salas de aula (137 escolas), "deixando 27.383 alunos sem um lugar para aprender, antes do novo ano lectivo, que está previsto começar na segunda-feira", alerta o UNICEF.

O Governo anunciou que vai colocar pontes metálicas provisórias para que seja retomada a circulação em duas importantes vias rodoviárias, sobre o rio Revuboé, na província de Tete, e sobre o rio Licungo, na Zambézia.

Entretanto, apesar de a tempestade Ana já ter passado, a Protecção Civil alerta: o risco de inundações persiste na província de Sofala, porque as chuvas continuam a alimentar bacias hidrográficas que ficaram acima dos níveis de alerta nos últimos dias.

"O UNICEF estima que precisará de 3,5 milhões de dólares para responder às necessidades imediatas das populações afectadas", sendo que "está a utilizar os seus abastecimentos pré-posicionados e a mobilizar fundos internos", concluiu.

Moçambique enfrenta a época ciclónica sazonal e a tempestade tropical Ana foi a primeira e única até ao momento a atingir o país.

Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,28 jan 2022 8:02

Editado porAndre Amaral  em  29 jan 2022 9:33

pub.

pub.

pub
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.