A informação foi avançada hoje pelo Ministério da Saúde palestiniano. O jovem de 17 anos morreu após ter sido baleado na cabeça.
Os confrontos irromperam depois das forças israelitas terem entrado na aldeia de Silat al-Harithiya, perto de Jenin, para destruir casas de dois detidos palestinianos acusados de dispararem sobre um posto avançado da Cisjordânia e de matarem um colono israelita.
Também no domingo, em Jerusalém, ocorreram tumultos em Sheikh Jarrah, um bairro onde, no ano passado, confrontos contribuíram para desencadear uma guerra de 11 dias entre Israel e militantes do Hamas na Faixa de Gaza.
Dezenas de famílias palestinianas em Sheikh Jarrah e noutros bairros de Jerusalém Oriental estão em risco de despejo por organizações de colonos judeus.
A última agitação aconteceu depois da casa de um colonizador ter sido incendiada durante o fim de semana e de Itamar Ben-Gvir, um legislador ultranacionalista, ter decidido montar, no início de domingo, um gabinete improvisado perto da casa de uma família que enfrentava um possível despejo.
No final de domingo, a polícia de intervenção lançou uma operação que resultou em pelo menos 12 detenções.
O serviço médico do Crescente Vermelho palestiniano disse que 14 palestinianos ficaram feridos, quatro deles atingidos com balas de borracha.
Milhares de palestinianos vivem em casas ameaçadas de demolição devido a políticas discriminatórias em Jerusalém Oriental, o que torna extremamente difícil para os palestinianos construir novas habitações ou expandir as existentes.
Israel ocupou Jerusalém Oriental, para além da Cisjordânia e Gaza, em 1967.
Segundo especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU), nas últimas cinco décadas foram construídos 13 assentamentos, que abrigam mais de 220 mil judeus em Jerusalém Oriental.
Israel considera a cidade inteira como a sua capital, enquanto os palestinianos reivindicam Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado. O destino da cidade é uma das questões mais fraturantes do conflito centenário.