"É claro que, nas actuais condições, o Fidesz (partido no Governo) votará na sua candidata, Katalin Novák. Ao mesmo tempo, consideramos importante que ofereçamos uma alternativa também a este cargo", declarou o líder da oposição, Péter Márki-Zay, num comunicado.
No próximo dia 10 de Março, o parlamento da Hungria elegerá um novo Presidente da República, e a maioria absoluta do Fidesz, do ultranacionalista Viktor Orbán, faz com que Novák, actual ministra da Família, seja a clara favorita para o cargo.
O candidato da oposição, Péter Róna, de 79 anos, terá a oportunidade de falar 15 minutos na sessão parlamentar em que se elegerá o sucessor do actual chefe de Estado, János Áder.
O candidato foi conselheiro e assessor dos Governos social-democratas do ex-primeiro-ministro Ferenc Gyurcsány, nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia em 2008.
A 03 de Abril, realizam-se no país centro-europeu eleições legislativas, em que a oposição espera desalojar do poder Orbán, que dirige o país com maioria absoluta desde 2010.
A coligação Unidos pela Hungria é formada por seis partidos políticos que, apesar das suas diferenças ideológicas -- há partidos de centro-esquerda, liberais e de direita -- se juntaram para tentar derrotar Orbán.
As sondagens apontam actualmente para um empate técnico entre as duas forças, esperando-se que a campanha se centre na mobilização dos indecisos, que representam mais de 20% dos eleitores da Hungria.