“Uma operação destinada à saída de civis da fábrica pode decorrer hoje”, disse a presidência da Ucrânia, através de um comunicado.
Centenas de civis ucranianos, entre os quais crianças encontram-se no interior da fábrica de aço Azovstal na cidade de Mariupol cercada pelas tropas da Rússia.
Os últimos soldados ucranianos, incluindo membros do batalhão Azov, encontram-se igualmente sitiados nas instalações da fábrica, que tem uma extensão de 11 quilómetros quadrados.
Serguii Volynsky, um comandante militar ucraniano que se encontra na fábrica Azovstal indicou na quinta-feira que uma bomba russa atingiu o hospital de campanha nos subterrâneos das instalações fabris.
“Toda a infraestrutura médica, incluindo a sala de operações foram destruídas. Muitos morreram. Aqueles que já estavam feridos ficaram com novos ferimentos. A situação ficou mais crítica”, disse o comandante militar a um portal de notícias ucraniano.
A coordenadora das Nações Unidas na Ucrânia, Osnat Lubrani, anunciou na quinta-feira que se ia deslocar para o sul da Ucrânia para preparar a tentativa de retirada de Mariupol.
Na mesma altura, o secretário-geral da ONU, António Guterres, de visita a Kiev, afirmava que as Nações Unidas estavam a fazer “todos os possíveis” para retirar os civis do “apocalipse” de Mariupol.
A Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.