Novo presidente Timorense pede consenso nacional da liderança do país

PorExpresso das Ilhas, Lusa,19 mai 2022 18:12

O recém-empossado Presidente da República timorense, José Ramos-Horta, considerou hoje “fundamental” um consenso nacional da liderança do país em torno de várias causas nacionais que considerou “urgentes”.

No discurso que proferiu depois de tomar posse em Tasi Tolu, nos arredores de Díli, José Ramos-Horta pediu um esforço conjunto “nos próximos cinco a 10 anos” nas “prioridades nacionais incontornáveis”, como educação e saúde.

Temas, frisou, que “merecem ver a sua importância estratégica refletida no OGE e na qualidade dos responsáveis sectorais”, especialmente tendo em conta a elevada fatia jovem da população.

“Peço a todos que mantenhamos as necessidades e os sonhos dos nossos jovens em primeiro lugar em nossas mentes e os mantenhamos firmemente em nossos corações. As suas aspirações devem orientar a nossa implementação dessas prioridades urgentes. É através do nosso investimento nos nossos jovens, o futuro de Timor-Leste, que podemos garantir o desenvolvimento, a estabilidade e a unidade da nossa Nação para todas as nossas comunidades”, afirmou.

Igualmente essencial são medidas em áreas-chave como agricultura, segurança alimentar, nutrição e água potável, considerando que as sucessivas crises alimentares “deviam ter já provocado uma reflexão profunda e decisões céleres sobre a extrema importância de maior investimento neste setor”, para garantir a “soberania total”, defendeu.

Entre outros aspetos, destacou a criação de um Fundo do Café, culturas e criação de pequenos animais e aquacultura “que garantam a segurança alimentar” e com a paralela promoção do turismo comunitário nessas regiões, bem como a captação de água para evitar secas prolongadas.

Ramos-Horta considerou que o consenso nacional deve igualmente insistir na “transparência no Estado”, com uma aposta na “profissionalização e digitalização da Administração Pública” promovendo a “despolitização (…) a transparência e a responsabilidade como forma de consolidação da legitimidade dos atos dos gestores públicos”.

O Presidente falou ainda do fortalecimento das forças de defesa e da polícia nacionais, em que destacou o apoio dado até aqui por Portugal e pela Austrália e em que defendeu acordos de segurança com os vizinhos indonésios e australianos, especialmente no Mar de Timor.

Ramos-Horta defendeu também que a liderança nacional deve continuar a “prosseguir a estratégia de desenvolvimento” da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA), promovendo ao mesmo tempo toda a zona da fronteira terrestre com a metade indonésia da ilha.

As atenções voltam-se agora, na manhã de sexta-feira, hora local, para o Palácio Presidencial, onde decorrem as cerimónias oficiais da comemoração do 20.º aniversário da restauração da independência, que incluem, à tarde, uma sessão plenária no Parlamento Nacional, onde discursará o Presidente português.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,19 mai 2022 18:12

Editado pormaria Fortes  em  1 fev 2023 23:27

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