O dinheiro está destinado a financiar quatro grandes programas, que cobrem diversos projectos, com a especificidade de capturar o CO2 no ar ambiente e não apenas à saída das chaminés de fábricas e de centrais eléctricas, e depois armazená-lo, avançou o Departamento da Energia, em comunicado.
O financiamento está incluído no grande plano de infraestruturas promulgado pelo presidente Joe Biden, no final de 2021, no montante total de 1,2 biliões (milhão de milhões) de dólares.
O Departamento divulgou hoje uma nota de intenção, preparando o terreno para um apelo à apresentação de candidaturas.
No seu último relatório de referência, a ONU afirmou que o mundo deve recorrer à captura e armazenagem do CO2 do ar e dos oceanos, qualquer que seja o ritmo que se consiga de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.
Vistos como marginais e como um estratagema da indústria para evitar reduzir as suas emissões, as medidas de eliminação do CO2 são agora um instrumento necessário, segundo o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas.
Tecnologia mais recente neste domínio, a captura directa do CO2 no ar e o seu armazenamento, atiça os interesses, mesmo que o potencial para os projectos de envergadura esteja por provar.
Os quatro projectos que o Departamento da Energia prevê financiar podem capturar, e armazenar, pelo menos um milhão de toneladas de CO2 por ano.
O governo já tinha anunciado no início de maio ter lançado uma nota de intenção para o financiamento até 2,25 mil milhões de projectos para armazenar CO2, um montante igualmente previsto no plano mencionado.
Os conglomerados norte-americanos de petróleo ExxonMobil e Chevron, instados a fazer mais por lutar contra as alterações climáticas, apostam designadamente nas tecnologias de captura e de armazenagem de CO2 para reduzir o seu impacto no ambiente.