Com 77,12% dos votos apurados em Luanda, a mais populosa província do país, a União Nacional para a Libertação Total de Angola (UNITA) lidera com 62,93% dos votos e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) segue em segunda posição com 33,06%, anunciou hoje o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo.
Em terceiro, surge o Partido de Renovação Social (PRS) com 1,18%, seguindo-se a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), com 1,07%, o Partido Humanista de Angola (PHA), com 1,02%, a coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), com 0,73%, e a Aliança Patriótica Nacional (APN), com 0,48%.
No que diz respeito aos círculos provinciais, segundo os resultados apurados até ao momento, Luanda e Zaire são as duas únicas das 18 províncias angolanas em que o principal partido da oposição segue com vantagem.
Na província petrolífera do norte de Angola, com mais de 98% do apuramento feito, a UNITA conquista 52,25% das preferências do eleitorado face aos 36,14% do MPLA.
Já em Cabinda, também rica em “ouro negro”, a disputa segue renhida. As 10:24, com menos de 22% de resultados apurados, o MPLA seguia na frente com 45,58% dos votos, com escassa diferença da UNITA (45,28%).
O Cunene surge, para já, como principal conquista do MPLA, que consegue 81,96% dos votos dos eleitores desta província do sul, contra 15,20% da UNITA.
Na segunda província mais populosa, a Huíla, com mais de 88% dos resultados apurados, é o MPLA que domina com 67,51% dos votos, enquanto a UNITA não ultrapassa 30%.
Em Benguela, terceira maior província do país, onde foram apurados mais de 94% dos resultados, o MPLA mantém-se em primeiro lugar com 53,77% dos votos e a UNITA conquista 42,90%.
No Huambo, a quarta maior em termos de população, com 97% dos votos escrutinados, o MPLA ganha com 57,31% e a UNITA não vai além dos 38,62%
O Bié, terra natal do fundador da UNITA Jonas Savimbi, dá a vitoria ao MPLA com 60,44%, enquanto o principal partido da oposição se fica pelos 35,11%, estando escrutinados 88% dos votos.
No Bengo, com o escrutínio praticamente concluído (99,47%), vence o MPLA com 55,4% do total, enquanto a UNITA fica pelos 39,21%.
No Cuanza Norte, quase totalmente apurado, ganha igualmente o MPLA com 60,68%, enquanto a UNITA conquista 32,48% dos votos, sendo a vitoria do MPLA mais expressiva no Cuanza Sul, com 67,95% face aos 27,15% da UNITA.
Nas Lundas Sul e Norte, províncias ricas em diamantes e de maioria Tchokwe, o partido PRS consegue o terceiro lugar, com 10,68% na Lunda Sul (MPLA, com 52,02% e 34,84% para a UNITA) e 5,58% na Lunda Norte (MPLA, com 55,43% e UNITA com 34,31%).
Também no Moxico, outra província de predominância Tcokwe, o PRS surge em terceiro lugar. O MPLA surge em primeiro, com 68,42% e a UNITA em segundo, com 26,20% das preferências do eleitorado.
O Malanje, praça-forte do MPLA, volta a dar vitória ao partido que obtém 60,80% dos votos contra 33,31% da UNITA.
No Namibe, o partido no poder lidera também com 64,25% da votação, enquanto a UNITA tem 31,87% dos votos escrutinados.
No Uíje, 57,65% dos eleitores deram vantagem ao MPLA (UNITA em segundo lugar com 35,45%), enquanto no Cuando Cubango é expressiva a vitoria do partido no poder, com 68,74% dos votos (UNITA com 27,05%)
A votação mostra ainda que os terceiros e quarto lugares do parlamento (actualmente CASA-CE e PRS) poderão trazer algumas surpresas já que tudo indica que a votação na CASA-CE será inexpressiva e o parlamento poderá acolher a estreante Bela Malaquias, líder do PHA.