De acordo com a instituição, "as forças especiais, apoiadas pela força aérea, lançaram um ataque a uma importante base terrorista localizada perto da cidade de Soam [província de Gourma, região oriental]".
"A base foi completamente destruída e, pelo menos, 10 terroristas foram neutralizados", segundo a declaração oficial, que acrescenta que outros combatentes extremistas islâmicos se colocaram em fuga, deixando para trás armas, veículos e equipamento de comunicação.
O destacamento militar burquinabê de Sebba (província de Yagha, na região do Sahel) conduziu também no domingo uma contra-ofensiva depois de ter sofrido "acções de assédio" por parte dos extremistas islâmicos contra os postos dos Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP) -- milícias que colaboram com as forças armadas do Burkina Faso - nas proximidades de Sebba.
A contra-ofensiva resultou no desmantelamento de duas bases dos grupos insurgentes, na morte de um soldado burquinabê e de pelo menos 18 combatentes extremistas, segundo as forças armadas.
O Burkina Faso é palco de ataques constantes por parte de grupos extremistas islâmicos, tanto afiliados da Al-Qaida como pertencentes ao grupo Estado Islâmico, desde Abril de 2015,
A região mais afectada pela insegurança tem sido o Sahel (norte), que partilha fronteiras com o Mali e o Níger, embora a guerrilha extremista islâmica também se tenha alargado a outras áreas vizinhas, como a região do Boucle du Mouhoun (oeste), desde 2017, e ao leste do Burkina Faso desde 2018.
A insegurança está na origem de quase dois milhões de deslocados internos, de acordo com os últimos números do governo.
O Burkina Faso foi palco de um golpe de Estado militar em 24 de Janeiro, o quarto nesta região da África Ocidental desde Agosto de 2020, no Mali.
A junta militar, que governa o Burkina Faso desde então, tem vindo a realizar operações militares contra grupos armados extremistas islâmicos em várias regiões do país.