Ucrânia: Alemanha entrega primeiro sistema de defesa antiaérea Iris-T

PorExpresso das Ilhas, Lusa,12 out 2022 7:10

O primeiro dos quatro sistemas de defesa antiaérea Iris-T prometidos pela Alemanha foi entregue esta terça-feira, 11, ao governo ucraniano na fronteira com a Polónia, de acordo com reportagens da imprensa alemã.

O sistema antiaéreo, considerado por alguns especialistas como o mais moderno que existe actualmente, foi fabricado pela empresa de armas Diehl Defense e o Exército Alemão (Bundeswehr) não possui actualmente nenhuma cópia.

Segundo o semanário "Der Spiegel", a primeira unidade fabricada pela Diehl seria adquirida pelo Egipto, que no entanto a entregou à Ucrânia, que receberá os três sistemas restantes prometidos por Berlim no próximo ano.

O principal objectivo do Iris-T é a protecção da população civil e, como disse recentemente o chanceler alemão Olaf Scholz, uma única unidade poderia proteger "uma cidade inteira" de ataques aéreos.

Os projécteis antiaéreos deste sistema podem atingir alvos a uma altura de 20 quilómetros e a uma distância de 40 quilómetros, que é um alcance maior que o dos mísseis antiaéreos Stinger que Berlim também forneceu.

Os sistemas Iris-T são compostos por três partes: os projécteis, que podem ser montados em qualquer camião equipado com rampa, um radar e um módulo de comando, que são instalados em outros dois veículos.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky convocou ontem uma teleconferência com líderes do clube G7 de nações industrializadas para que os aliados da Ucrânia forneçam, não apenas sistemas de defesa aérea, mas também mísseis suficientes para lidar com ataques russos.

Zelensky fez esta chamada depois de várias cidades ucranianas e infra-estruturas do sistema energético terem sido atingidas nos últimos dois dias por mísseis russos, em ataques que fizeram, pelo menos vinte mortes, e uma centena de feridos.

A ofensiva militar lançada a 24 de Fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,12 out 2022 7:10

Editado porSara Almeida  em  1 jul 2023 23:28

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