A 27.ª dessas conferências, a COP27, começa no domingo em Sharm el-Sheikh, no Egipto, e não é das que mais expectativas está a criar, pelo que deverá ser, de novo, apenas mais um placo global para manifestações de intenções.
A opinião pública mundial e, consequentemente, os governos estão hoje como nunca despertos para a questão do aquecimento global e das alterações climáticas, mas o tema vem a ser debatido ao mais alto nível há 30 anos sem grandes avanços.
Os últimos dados das Nações Unidas indicam que em 2021 as emissões de dióxido de carbono atingiram novos recordes e dados preliminares indicam a mesma tendência para 2022, um ano marcado pela guerra na Ucrânia e por uma crise alimentar, energética e inflacionista mundial.
Os 30 anos de promessas e cimeiras e de avisos dos cientistas, para o imperativo de conter o aquecimento global, tiveram como resultado que a Europa teve este ano o verão mais quente de sempre e outras regiões do mundo sentiram inundações históricas, tudo devido ao aumento das temperaturas.