Os mais de 1.000 técnicos que trabalham diariamente para reparar danos na rede eléctrica conseguiram estabilizar o funcionamento do sistema energético, disse Shmyhal, embora ainda haja um défice de produção de cerca de 20%.
"Incapazes de vencer no campo de batalha, terroristas russos estão a tentar destruir o sistema energético ucraniano para acabar com a nossa resistência", escreveu na sua conta do Facebook.
O primeiro-ministro lembrou que o operador da rede eléctrica, Ukrenergo, vai receber 372 milhões de euros dos Países Baixos e do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) para reparar danos nas infra-estruturas.
A Ucrânia receberá mais 500 milhões de euros para a aquisição de gás e ainda geradores de eletricidade da União Europeia (UE) no âmbito do programa "Geradores da Esperança".
Shmyhal enumerou outras medidas tomadas pelo Governo para aliviar a situação de escassez de energia, como a criação em todo o país de milhares de postos onde os cidadãos podem obter ligação à electricidade, água, aquecimento e internet, e a decisão de proibir a exportação de lenha destinada a aquecimento.
Também a administração militar da região de Kyiv anunciou que a situação foi normalizada na capital e que a maioria dos mais de três milhões de habitantes já tem corrente, num dia em que se espera queda de neve e a temperatura desce para cinco graus negativo à noite.
A onda de ataques de mísseis russos, em 23 de Novembro, contra a infra-estrutura energética, obrigou as autoridades ucranianas a desligarem as centrais nucleares e a maioria das centrais térmicas e hidroeléctricas da rede para evitar acidentes, o que fez mergulhar grande parte do país na escuridão.
A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia em 24 de Fevereiro, que ainda perdura.
A invasão foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu, com destaque para a União Europeia e os Estados Unidos, com ajuda militar, humanitária e económica a Kyiv e a imposição de sanções económicas e políticas sem precedentes a Moscovo.