Entre as vítimas encontram-se duas pessoas com dupla nacionalidade, somali e britânica, disse um agente da polícia somali Mohamed Dahir.
No domingo, o Al-Shebab disse, numa emissão na sua própria frequência de rádio, que os combatentes atacaram o hotel Villa Rose, com um restaurante popular entre os membros do governo e a comunidade de segurança. No mesmo dia, à noite, o hotel continuava sitiado, ao mesmo tempo que decorria um tiroteio entre as forças da segurança e os rebeldes.
Abdi Hassan, um funcionário do governo que vive perto do hotel, disse à agência de notícias Associated Press acreditar que vários colegas estavam dentro do hotel quando o ataque começou, já que viu alguns a saltar o perímetro de segurança enquanto outros foram resgatados.
O hotel não está distante do palácio presidencial, situado no centro de Mogadíscio, onde se ouviu uma explosão, seguida de tiros.
Estes incidentes vêm depois do exército somali, com o apoio dos Estados Unidos, ter aumentado o ritmo das operações contra o grupo extremista, como parte da "guerra total" declarada pelo Presidente somali, Hassan Shaykh Mohamud.
O ataque ocorreu dois dias depois de uma operação do exército somali, no centro do país, na qual pelo menos uma centena de combatentes do Al-Shebab morreu.
Os ataques terroristas são comuns em Mogadíscio e noutras partes desta nação situada na região do Corno de África.
No mês passado, pelo menos 120 pessoas foram mortas em dois atentados com carros armadilhados num cruzamento rodoviário em Mogadíscio, num ataque não reivindicado, mas atribuído ao Al-Shebab, que se opõe ao governo federal da Somália, apoiado por forças de manutenção da paz da União Africana.
Os Estados Unidos descreveram o Al-Shebab como uma das organizações mais mortíferas da rede terrorista Al-Qaida, tendo realizado dezenas de ataques aéreos nos últimos anos contra o grupo.