A afirmação foi feita durante a apresentação das Perspectivas Económicas e Ornamentais a 10 anos, da CBO, para o período 2024-2033.
Na ocasião, admitiu que a CBO não pode dizer aos congressistas o que devem fazer, "mas, em alguma altura, alguma coisa tem de ceder, seja na despesa, seja na receita".
A CBO espera que a economia dos EUA estagne este ano, com a taxa de desemprego a subir para 5,1%. Este tom negativo estende-se à projecção a 10 anos da dívida federal, a qual se espera que quase duplique para 46,4 biliões (milhão de milhões) de dólares em 2033.
O mesmo tom domina a segurança social, que é vista como incapaz de pagar o devido aos beneficiários em 2032, mesmo com uma redução generalizada de 20% dos benefícios, e o encargo com os juros da dívida a superar os gastos com a defesa.
Estes números actualizados parecem confirmar os piores receios de consumidores e empresários.
Mas deve-se apontar que a economia dos EUA raramente se comportou como se antecipou durante a pandemia do novo coronavírus e o período subsequente.
Por exemplo, no caso do emprego, a CBO antecipou que apenas 108 mil empregos seriam criados em 2023, mas só em Janeiro a criação excedeu o meio milhão (517 mil).
O mesmo pessimismo, aparentemente infundado, apareceu na inflação. A CBO espera que o crescimento dos preços caia de 6,4% para 4,8% este ano, quando a Reserva Federal em Dezembro último adiantou que espera em 2023 um crescimento de preços de 3,5%.
A CBO preveniu também nas suas Perspectivas para os crescentes défices orçamentais. Para 2033, antecipou um valor de superior a 2,85 biliões de dólares, mais do dobro do montante de 2022.
A dívida pública dos EUA é sensivelmente igual ao seu produto interno bruto (PIB), mas a CBO avançou uma previsão de 118% do PIB em 2033.