"Negociações de paz" com o OLA "começarão na Tanzânia na terça-feira", disse Abiy Ahmed, numa cerimónia pública no domingo à noite. "O governo e o povo etíope precisam desesperadamente desta negociação. (...) Apelo a todos para fazerem a sua parte," acrescentou.
Num comunicado divulgado também no domingo à noite, o OLA confirmou: "o regime etíope aceitou os nossos termos para as negociações de paz, que incluem a participação de uma terceira parte independente como mediadora e o compromisso de manter a transparência durante todo o processo".
"Desde o início do conflito que o OLA invariavelmente apelou ao diálogo pacífico como única solução viável", disse a organização. "É reconfortante ver que o regime chegou finalmente à mesma conclusão", acrescentou.
O OLA separou-se da Frente de Libertação Oromo (OLF), em 2018, quando este outro grupo separatista anunciou que desistia da luta armada pela secessão de Oromia, a maior e mais populosa do país, que circunda a capital Adis Abeba, aceitando a oferta de amnistia do primeiro-ministro.
O OLA foi aliada da Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF, na sigla em inglês) no conflito do Tigray e reivindicou a responsabilidade por vários ataques nos últimos meses.
O Governo da Etiópia assinou em novembro de 2022, na África do Sul, um acordo de cessação das hostilidades com a TPLF, que prevê a implementação de medidas para a paz, incluindo a criação de uma administração provisória em Tigray.