Ajuda humanitária acumula-se no Sinai egípcio

PorExpresso das Ilhas, Lusa,15 out 2023 9:59

A ajuda humanitária proveniente de vários países acumulava-se hoje no Sinai egípcio, na fronteira com a Faixa de Gaza, bombardeada e sitiada por Israel, mas sem chegar ao território palestiniano, disseram testemunhas à AFP.

O posto fronteiriço de Rafah, que liga a península egípcia do Sinai à Faixa de Gaza, está encerrado desde que, na segunda e terça-feira, a zona registou três bombardeamentos israelitas em menos de 24 horas.

No sábado, um funcionário dos EUA disse à AFP que o Egito e Israel tinham concordado em deixar os norte-americanos saírem da Faixa de Gaza através de Rafah, mas o Egipto impôs condições.

O Egipto "recusa-se a permitir que o posto fronteiriço seja exclusivamente dedicado à passagem de estrangeiros", afirmaram fontes superiores citadas por meios de comunicação social próximos dos serviços secretos.

"A posição egípcia é clara: a condição (para estas passagens) é que a entrada de ajuda em Gaza seja facilitada", acrescentaram.

Hoje, testemunhas relataram que os blocos de betão instalados pelos egípcios após o bombardeamento israelita para reforçar a sua fronteira ainda se encontravam no local, o que parece indicar que não está prevista qualquer passagem no futuro imediato.

Já aterraram no aeroporto de El-Arich, capital do Sinai do Norte, cargas de ajuda provenientes da Jordânia, da Turquia e dos Emirados Árabes Unidos, bem como material médico destinado a cobrir as necessidades de 300.000 pessoas na Faixa de Gaza, enviado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Egipto, por seu lado, enviou um comboio de cerca de uma centena de camiões para transportar material de socorro para a Faixa de Gaza.

O grupo islamita Hamas lançou no sábado passado um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel, que controla as outras duas aberturas para o mundo a partir de Gaza, declarou um "cerco total" ao território palestiniano, após 16 anos de bloqueio, proibindo a entrada de alimentos e cortando a água e a electricidade aos 2,4 milhões de habitantes do território palestiniano.

Aumenta também a pressão sobre o Egipto, que receia que a sua fronteira possa ser forçada pelos habitantes de Gaza, como aconteceu em 2008, no início do bloqueio israelita.

Na sexta-feira, o exército israelita ordenou a retirada dos 1,1 milhões de habitantes do norte da Faixa de Gaza para o sul, que faz fronteira com o Egipto.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,15 out 2023 9:59

Editado porSara Almeida  em  1 mai 2024 23:28

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