Lula compara acções de Israel em Gaza com Holocausto

PorExpresso das Ilhas, Lusa,18 fev 2024 14:32

Sem os países em desenvolvimento “não será possível a abertura de novo ciclo de expansão mundial”
Sem os países em desenvolvimento “não será possível a abertura de novo ciclo de expansão mundial”

“O que está a acontecer na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um genocídio. O que está a acontecer na Faixa de Gaza com o povo palestiniano (…) já aconteceu quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou Lula da Silva, em Adis Abeba, na cimeira da União Africana (UA).

“Esta não é uma guerra de soldados contra soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, disse Lula da Silva..

O chefe de Estado do Brasil também condenou o ataque do movimento islamita Hamas, chamando-o de acto terrorista.

A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas, em 7 de Outubro, contra o sul de Israel, que causou a morte a mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da agência France-Presse (AFP), a partir de dados oficiais israelitas.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que fez 28.775 mortos, na grande maioria civis, segundo o mais recente balanço, divulgado na sexta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.

Este domingo, o chefe de Estado do Brasil analisou ainda as relações bilaterais com os seus homólogos de Quénia, Nigéria e Líbia, à margem da cimeira da UA.

Na rede social X (antigo Twitter), Lula da Silva afirmou ter conversado com o Presidente do Quénia, William Ruto, sobre “o potencial de África para expandir a sua produção de alimentos e energia verde e como o Brasil pode construir parcerias”.

Com o líder da Nigéria, Bola Tinubu, o Presidente brasileiro discutiu “a deterioração das relações comerciais” e a importância de promover voos directos entre os dois países.

Por seu lado, com o Presidente da Líbia, Mohamed al-Menfi, foram debatidos “a evolução da estabilidade do país e o desejo de maior proximidade com o Brasil”.

No sábado, Lula da Silva defendeu a reorganização das instituições multilaterais, com o reforço da presença dos países do Sul global.

“Precisamos criar uma nova governança global, capaz de enfrentar os desafios do nosso tempo. A multipolaridade é um componente inexorável e bem-vindo ao século XXI”, afirmou.

O chefe de Estado brasileiro, que foi um dos convidados para participar na 37.ª cimeira da UA, salientou que sem os países em desenvolvimento “não será possível a abertura de novo ciclo de expansão mundial que combine crescimento, redução das dificuldades e preservação ambiental com ampliação das liberdades”.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,18 fev 2024 14:32

Editado porJorge Montezinho  em  19 fev 2024 8:01

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