O hipocentro do abalo situa-se a uma profundidade de cerca de 25 quilómetros, perto do porto de Uwajima, no estreito de Bungo, que separa as ilhas de Kyushu e Shikoku, indicou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
A agência meteorológica japonesa JMA apontou uma magnitude de 6,4 e estimou a profundidade em 50 quilómetros.
"Nos locais onde o sismo foi forte, afastem-se das zonas perigosas. Não há risco de tsunami", declarou a JMA, depois de o sismo ter ocorrido pelas 23h14 (13h14 de quarta-feira em Cabo Verde).
A autoridade japonesa para a segurança nuclear declarou que uma central nuclear de Ikata, na região, estava funcionando normalmente. “Não foi detectada nenhuma anomalia na central de Ikata”, declarou.
Esta manhã, os meios de comunicação social locais noticiaram uma dúzia de condutas de água partidas em Uwajima, onde várias estradas ficaram bloqueadas devido ao aluimento de terras e à queda de pedras.
O Japão situa-se no chamado "Anel de Fogo" do Pacífico, uma das zonas do mundo com maior atividade sísmica.
No ano passado, foram sentidos no arquipélago 2.227 sismos, incluindo 19 de magnitude 6,0 ou superior, de acordo com a JMA.
A grande maioria destes sismos, mesmo os mais fortes, causam geralmente poucos danos devido à aplicação de normas de construção antissísmicas extremamente rigorosas.
No entanto, muitos edifícios, sobretudo nas zonas rurais, estão degradados e, por conseguinte, são vulneráveis a sismos fortes.
Foi o que aconteceu no sismo de 01 de Janeiro na península de Noto (centro), onde morreram mais de 240 pessoas e foram registados elevados prejuízos materiais.
Em Março de 2011, o Japão registou um sismo de magnitude 9 ao largo da costa nordeste, o sismo forte alguma vez medido no país de 125 milhões de habitantes.
Cerca de 20 milhões de pessoas morreram ou desapareceram, principalmente devido a um tsunami que causou também o acidente nuclear de Fukushima, o pior do mundo desde o acidente da região central ucraniana de Chernobil em 1986.