"As circunstâncias para a certificação de Cuba como um país que não coopera plenamente com os esforços antiterroristas (NFCC, na sigla em inglês) mudaram de 2022 para 2023", assinalou.
O governo norte-americano recordou que a recusa de Cuba em colaborar com a Colômbia nos pedidos de extradição de membros da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) levou à certificação NFCC de Cuba em 2022.
O Departamento de Estado sublinhou que os Estados Unidos e Cuba retomaram a cooperação policial em 2023, inclusive na luta contra o terrorismo. "Portanto, o Departamento determinou que continuar a certificar Cuba como um 'país que não coopera totalmente' já não era apropriado."
O Governo cubano considerou insuficiente a decisão dos Estados Unidos de retirar Cuba da referida lista.
"Os Estados Unidos acabam de admitir o que é do conhecimento de todos: que Cuba colabora plenamente com os esforços contra o terrorismo", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodriguez, na rede social X (antigo Twitter), em referência à decisão do Departamento de Estado.
Ao mesmo tempo, Rodriguez insistiu em exigir que o governo norte-americano retire Cuba "da lista arbitrária com a qual designa os países que supostamente patrocinam o terrorismo" e deixe de "aplicar as medidas económicas coercivas que acompanham esta designação injusta".
A inclusão de Cuba na lista norte-americana de países patrocinadores do terrorismo em Janeiro de 2021 foi uma das últimas decisões da administração liderada por Donald Trump (2017-2021) antes de deixar o poder.