Este ataque ocorreu enquanto as negociações de cessar-fogo no Cairo, capital do Egipto, parecem progredir.
Entre os mortos no Campo de Refugiados de Nuseirat e no Campo de Refugiados de Bureij estavam três crianças e uma mulher, de acordo com as equipas de ambulâncias palestinianas que transportaram os corpos para o hospital vizinho dos Mártires de Al-Aqsa, refere a agência Associated Press (AP).
As últimas vítimas seguem-se a um "raro momento" de esperança na guerra que assolou Gaza, depois de uma equipa médica ter recuperado um bebé vivo de uma mãe palestiniana grávida, morta num ataque aéreo que atingiu a sua casa em Nuseirat, na noite de quinta-feira.
A grávida Ola al-Kurd, de 25 anos, foi morta junto com outras seis pessoas na explosão, mas foi rapidamente levada pelas equipes de emergência para o Hospital Al-Awda, no norte de Gaza, na esperança de salvar o feto.
Horas depois, os médicos disseram à Associated Press que um menino tinha nascido.
O recém-nascido, ainda sem nome, está estável, mas sofreu com a falta de oxigénio, tendo sido colocado numa incubadora, disse o médico Khalil Dajran.
O pai do menino foi ferido no mesmo ataque, mas sobreviveu.
A guerra em Gaza, que foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 07 de Outubro de 2023 no sul de Israel, matou mais de 38.900 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do território, que não faz distinção entre combatentes e civis na sua contagem.
A guerra desencadeou uma catástrofe humanitária no território costeiro palestiniano, deslocou a maior parte dos seus 2,3 milhões de habitantes e provocou a fome generalizada.
O ataque do Hamas matou 1.200 pessoas, a maioria civis, e os militantes fizeram cerca de 250 reféns, destes cerca de 120 permanecem em cativeiro, e acredita-se que cerca de um terço deles esteja morto, segundo as autoridades israelitas.
No Cairo, os mediadores internacionais, incluindo os Estados Unidos, continuam a pressionar Israel e o Hamas para um acordo faseado que poria fim aos combates e libertaria cerca de 120 reféns em Gaza.
Negociações infrutíferas entre os lados em conflito estão em curso desde o cessar-fogo de uma semana de novembro, com o Hamas e Israel a acusarem-se repetidamente de prejudicarem o esforço à medida que se aproximam de um acordo.