A iniciativa inédita teve lugar na mesma avenida [da Liberdade] onde, anualmente, milhares de pessoas se reúnem para celebrar o 25 de Abril, data que marcou o fim da ditadura e do fascismo em Portugal.
Com palavras de ordem como “Nu finca pé e nu djunta mó pa nu caba ku racismo” , “25 de Abril també é Cabral”, (25 de Abril também é Cabral), “Camaradas, a luta continua”, “Viva Cabral, viva centenário” ou “Racistas e fascistas não passarão”, os organizadores consideraram que “o 25 de Abril nasceu em África”.
Os mesmos destacaram a importância crucial de Amílcar Cabral para a Revolução dos Cravos. Por isso, entendem, a celebração do 25 de Abril só será plena quando houver o reconhecimento e a inclusão da figura de Cabral na memória e na história da democratização de Portugal.
Sob o lema “Unidade e luta: contra o fascismo, a xenofobia e o neocolonialismo” os organizadores afirmaram que a marcha foi “contra a fome, a guerra, a miséria e a injustiça”.
O evento decorreu também em solidariedade com os povos do Congo, do Sudão, da Palestina, da Guiné-Bissau e em apoio a figuras como Cláudia Simões e Mumia Abu Jamal, que enfrentam a “brutalidade do poder capitalista, fascista, xenófobo, patriarcal, racista, afrofóbico e neocolonial”.