"Durante as operações que decorrem há cinco dias contra o PKK em 51 províncias, foram capturados 282 alegados membros de organizações terroristas", disse o ministro na rede social X, numa altura em que continua o diálogo iniciado pelo Governo turco com o PKK com vista a uma trégua.
O PKK, movimento separatista classificado como terrorista por Ancara e pelos seus aliados ocidentais, trava uma luta armada contra o Governo turco desde a década de 1980 e mantém bases na região autónoma do Curdistão, no norte do Iraque, onde também estão instaladas bases militares turcas.
Sessenta destas detenções foram ordenadas hoje de manhã e tiveram como alvo, entre outros, membros do principal partido pró-curdo DEM, 52 das quais foram executadas, segundo um comunicado do procurador de Istambul.
"É claro que a possibilidade de uma solução e de paz está a começar a fazer com que algumas pessoas percam o sono", disse o DEM, a terceira maior força no parlamento turco, envolvida no diálogo entre Abdullah Öcalan - o fundador do PKK, preso há 26 anos - e as autoridades turcas.
"Todos os dias são realizadas operações contra aqueles que querem uma solução e a paz", acusou.
No outono passado, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o seu principal aliado nacionalista contactaram o líder histórico do PKK, Abdullah Öcalan, detido desde 1999 numa ilha ao largo de Istambul, com a perspetiva de o libertar se este apelasse aos combatentes do PKK para deporem as armas.
No final de dezembro, Öcalan disse estar determinado a prosseguir o diálogo com Ancara, referindo-se a uma responsabilidade histórica, segundo os deputados do DEM que se encontraram com ele.
O PKK, que trava uma luta armada contra Ancara desde 1984, é classificado como uma organização "terrorista" pela Turquia e pelos seus aliados ocidentais.