Estes voos secretos, que começaram durante a administração do antigo presidente Joe Biden (2021-2025), como refere o New York Times, procuram a localização de laboratórios de fentanil.
Embora não se trate de um programa novo, o jornal observa que, durante o novo mandato do Presidente Donald Trump, estes voos aumentaram como uma espécie de "trampolim" para levar a cabo o seu plano contra os cartéis mexicanos.
Funcionários, atuais e antigos, familiarizados com o assunto, explicaram à CNN que os drones utilizados são do modelo MQ-9 e não estão armados, embora possam ser equipados com armamento.
O New York Times afirma que estas equipas não estão autorizadas a tomar medidas "letais" e que os agentes da CIA transmitem as informações obtidas durante estes voos às autoridades mexicanas.
Estes drones são regularmente utilizados pelos Estados Unidos para atacar suspeitos de terrorismo em locais como a Somália e o Iémen.
Esta informação foi publicada uma semana depois de o chefe do Comando Norte dos Estados Unidos, o general Gregory Guillot, ter confirmado que o Pentágono também utiliza a vigilância aérea para controlar os cartéis de droga no México.
De acordo com o New York Times, os voos militares controlam a zona fronteiriça e não entram no espaço aéreo mexicano, ao contrário dos voos da CIA, que o fazem.
A Presidente mexicana Claudia Sheinbaum, questionada sobre o assunto na sua conferência matinal de hoje, declarou: "Faz parte desta pequena campanha".
Sheinbaum evitou dar mais explicações sobre os dados recolhidos nos dois relatórios.
Na semana passada, disse que não estava "alarmada" com os voos do Pentágono, mas que iria pedir uma explicação.
Trump assinou uma ordem executiva que define os cartéis de droga como organizações terroristas.
De acordo com o New York Times, o Departamento de Estado dos EUA planeia incluir em breve o Cartel de Sinaloa, o Cartel de Jalisco - Nova Geração, o Cartel do Nordeste, a Família Michoacana e os Cartéis Unidos, todos localizados no México, na sua lista de grupos terroristas.