Em declaração à imprensa o mandatário de Nuias Silva, Mário Lima, garantiu que a candidatura por ele apoiada cumpriu “todos os requisitos exigidos, em termos do número de proponentes, mas também no concernente a abrangência”, ou seja, mais de dois terços dos sectores.
“Cumprimos também relativamente à questão da paridade do género”, indicou Mário Lima, acrescentando que a candidatura de Nuias Silva conta com delegados em todas as regiões políticas do país e da diáspora.
A candidatura de Nuias Silva, disse o mandatário, desde sempre “está alinhada com os estatutos e a declaração de princípios do PAICV [Partido Africano da Independência de Cabo Verde]”.
Segundo Mário Lima, o PAICV é uma “escola de cidadania aberta à participação da sociedade civil”, além de ser um “partido plural de todas as gerações e que promove a liberdade, os direitos e as garantias dos cidadãos”.
Instado sobre a questão do pagamento das quotas, um problema levantado ultimamente, o mandatário da candidatura de Nuias Silva garantiu que todos os delegados têm cumprido este preceito estatutário.
“Todos os delegados ao congresso têm quota em dia, isto foi verificado, está documentado e cabe ao Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização fazer esta verificação”, afirmou Mário Lima, para quem o Nuias Silva tem a capacidade de “federar, criar pontes e fazer alianças”, o que, frisou, dá a garantia de que após o 30 de Março o PAICV será um partido “unido e coeso, afirmando-se como alternativa credível para enfrentar as eleições [legislativas] de 2026 e ganhar o país”.
Mário Lima disse ainda à imprensa que o seu candidato “une o PAICV”, tendo trabalhado com todas as sensibilidades dentro do partido, enquanto vice-presidente desde 2017 a esta parte.
Entretanto, nega que o PAICV esteja dividido, apesar da troca, nas redes sociais, de acusações entre certos militantes e simpatizantes do partido.
Por sua vez, o mandatário nacional da candidatura de Jorge Spencer Lima, José Luís Neves, assegurou que cumpriram “todas as normas e os regulamentos” para a eleição, no dia 30 de Março, do líder do partido.
De acordo com José Luís Neves, os apoiantes de Spencer Lima estiveram “na estrada a mobilizar os militantes e recolher as assinaturas para a formalização da referida candidatura”.
“Procuramos fazer uma campanha elevada, centrada no debate de ideias e na apresentação de propostas para um PAICV mais forte, mais unido e que tenha todas as condições de ganhar os próximos desafios eleitorais de 2026”, destacou José Luís Neves, defendendo as campanhas deles têm focado no debate de ideias e “não na fulanização”, porque, sublinhou, as suas preocupações vão no sentido da “união do partido e que PAICV vamos ter depois de 30 de Março de 2025”.
Reconheceu, porém, que se tem registado “algum excesso” por parte de certos adversários internos durante a campanha.
“O Jorge Spencer Lima é o candidato que tem todas as condições para estabelecer a ponte e protagonizar a tão almejada unidade e coesão que o PAICV pretende depois de 30 de Março, dia em que os militantes vão escolher o novo timoneiro do partido.
Além de Nuias Silva e Jorge Spencer Lima concorrem à sucessão de Rui Semedo o actual presidente da câmara da Praia, Francisco Carvalho, e o deputado nacional eleito pelas listas do PAICV pelo círculo eleitoral da Europa, Francisco Pereira.