O funcionário, que não estava autorizado a comentar publicamente e pediu anonimato, segundo a AP, disse que "altos funcionários" de Alemanha, França e Reino Unido, assim como "o principal diplomata" da União Europeia se reunirão na Suíça.
Também o Conselho de Segurança das Nações Unidas agendou para sexta-feira uma reunião sobre o conflito entre Israel e o Irão, a pedido de Teerão, anunciou a presidência deste órgão.
Segundo fonte diplomática citada pela AFP, a reunião do Conselho da ONU, agendada para sexta-feira às 10:00 locais (7:00 em Cabo Verde), foi solicitada pelo Irão, um pedido apoiado pela Rússia, China e Paquistão.
Presidido este mês pela Guiana, o Conselho de Segurança realizou uma reunião de emergência na semana passada, logo após Israel atacar o Irão em 13 de Junho.
Ao sexto dia de guerra, o líder supremo iraniano, o 'ayatollah' Ali Khamenei, recusou uma rendição dos iranianos e advertiu para "danos irreparáveis" se os Estados Unidos intervierem no conflito com Israel.
"A nação iraniana opõe-se firmemente a uma guerra imposta, tal como se oporá firmemente a uma paz imposta. Esta nação nunca se renderá à imposição de quem quer que seja", afirmou Khamenei, numa declaração lida na televisão estatal.
A segunda aparição pública de Ali Khamenei desde o início dos ataques israelitas, há seis dias, ocorreu quando Israel levantou algumas restrições à vida quotidiana, sugerindo que a ameaça de mísseis do Irão estava a diminuir.
Khamenei falou um dia depois do Presidente dos EUA, Donald Trump, ter exigido numa publicação nas redes sociais que o Irão se rendesse incondicionalmente e avisou Khamenei de que os EUA sabem onde ele está, mas não têm planos para o matar, "pelo menos por agora".
Trump inicialmente distanciou-se do ataque surpresa de Israel na sexta-feira que desencadeou o conflito, mas nos últimos dias ele deu a entender um maior envolvimento americano, dizendo que quer algo "muito maior" do que um cessar-fogo. Os EUA também enviaram mais aviões militares e navios de guerra para a região.
Num discurso em vídeo dirigido aos israelitas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu agradeceu o apoio de Trump no conflito, chamando-lhe "um grande amigo de Israel" e elogiando a ajuda dos EUA na defesa dos céus de Israel.
Israel justificou o ataque alegando ter informações de que Teerão se aproximava do "ponto de não retorno" para obter uma bomba atómica, que poderia usar para destruir o estado judaico.
O Irão, que nega ter construído armas nucleares, ripostou com o lançamento de mísseis e 'drones' contra várias cidades israelitas, cujas autoridades admitiram que os ataques causaram pelo menos 24 mortos.
O Presidente Donald Trump está a ponderar a aprovação para que os militares dos EUA se juntem a Israel na realização de ataques ao programa nuclear do Irão.