"A China está a liderar a expansão global de energias renováveis", lê-se no relatório. O país asiático "continua a adicionar capacidade solar e eólica a um ritmo recorde", vincou.
O crescimento das energias limpas no país é crucial para o combate às alterações climáticas, dado o papel dominante da China na produção industrial mundial. O país é responsável por cerca de um terço das emissões globais de gases com efeito de estufa.
Segundo a GEM, a China deverá adicionar pelo menos 246,5GW de energia solar e 97,7GW de eólica apenas este ano. Até final de março, o país já contava com 1,5 terawatts de capacidade instalada de energia solar e eólica.
No primeiro trimestre de 2025, estas fontes representaram 22,5% do consumo total de eletricidade, de acordo com a Administração Nacional de Energia chinesa.
Embora continue a desenvolver novas centrais a carvão -- tendo iniciado a construção do maior número de unidades da última década em 2024 --, a China tem apostado fortemente nas renováveis, tanto para reforçar a segurança energética como para reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados.
Segundo a GEM, cerca de 28GW da capacidade renovável em construção provêm da energia eólica 'offshore', que pode ajudar a descarbonizar centros industriais e megacidades nas regiões costeiras.
"Apesar de representar apenas uma fração da capacidade total de energia eólica do país, a energia eólica 'offshore' está a ganhar força, à medida que as províncias costeiras estabelecem metas ambiciosas de descarbonização", referiu o relatório.
A expansão da energia elétrica também está a transformar o modelo energético do país. O aumento do uso de automóveis e comboios elétricos significa que uma parcela crescente da energia consumida é fornecida por eletricidade, levando alguns analistas a descrever a China como o primeiro 'Estado eletrificado' do mundo.
Pequim deverá anunciar novos compromissos climáticos antes da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), que decorrerá em Novembro em Belém, no Brasil.