Loubna Yuma, advogada da Adalah, a equipa jurídica da flotilha, disse à agência de notícias EFE que os ativistas foram levados para a prisão de Saharonim, de onde serão provavelmente deportados para os países de origem.
Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália disse que o Governo israelita pretende repatriar todos os tripulantes da flotilha "através de uma única medida de expulsão forçada".
Antonio Tajani explicou que os activistas deverão ser deportados "a bordo de dois voos fretados, na segunda-feira, 6 de outubro, e terça-feira, 7 de Outubro, em duas capitais europeias diferentes", que deverão ser Londres e Madrid.
Fontes da diplomacia de Itália confirmaram que um total de 46 italianos - incluindo quatro deputados e três jornalistas - foram detidos entre os activistas da flotilha, e que estavam "bem".
Os quatro deputados já foram transferidos para o aeroporto de Telavive e vão embarcar num voo regular para Roma, referiu o ministério.
Tajani explicou que, assim que os procedimentos de identificação estivessem concluídos, os restantes activistas seriam transferidos de autocarro para o centro de detenção de Ketziot, no sul de Israel, perto da cidade de Bersheva, onde receberiam visitas consulares hoje.
Mais de 400 militantes pró-palestinianos a bordo de 41 navios de uma flotilha de ajuda à Faixa de Gaza foram detidos pelas forças navais israelitas, declarou na quinta-feira um responsável israelita.
"Durante uma operação, que durou cerca de 12 horas, o pessoal da marinha israelita conseguiu impedir uma tentativa de incursão em grande escala, realizada por centenas de pessoas a bordo de 41 navios que tinham declarado a sua intenção de violar o bloqueio marítimo legal sobre a Faixa de Gaza", explicou o mesmo responsável.
Os organizadores denunciaram a falta de informação sobre o paradeiro de 443 participantes da missão humanitária.