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Nicolas Sarkozy será libertado sob supervisão judicial, refere a BFMTV, e não poderá manter contacto com fontes ligadas ao processo, entre elas com o ministro da Justiça Gérald Darmanin, segundo o Notícias ao Minuto.
A supervisão judicial é um mecanismo da justiça francesa em que o réu é libertado com obrigação de cumprir medidas judiciais. É o equivalente ao termo de identidade e residência (TIR), mas combinado com medidas de coação adicionais, como, por exemplo, apresentações periódicas às autoridades, proibição de contactos ou proibição de se ausentar do país.
O ex-governante está preso há 20 dias após a condenação num caso de financiamento líbio na campanha presidencial de 2007.
O Tribunal de Recurso de Paris, recorde-se, começou hoje a analisar o pedido de libertação do ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy, o qual foi solicitado pelo Ministério Público.
O ex-Presidente francês, que compareceu na sessão desta segunda-feira, dia 10 de novembro, por videoconferência a partir da prisão parisiense onde está detido, insistiu que foi vítima de "manipulação" no caso do financiamento líbio da campanha presidencial de 2007.
Disse, ainda, que o período de prisão está a ser "muito difícil", exaustivo e "um pesadelo".
A condenação
No dia 25 de Setembro, o Tribunal Penal de Paris considerou que Sarkozy permitiu conscientemente que os assessores solicitassem o financiamento a Muammar Kadafi (1942-2011), líder líbio, em 2007. Essas eleições foram vencidas pelo socialista François Hollande.
Contudo, por esse crime, Sarkozy foi condenado a cinco anos de prisão.
O político apresentou um apelo de imediato, alegando que a sentença foi motivada por "ódio".
Sarkozy tornou-se no primeiro ex-chefe de Estado de França e da União Europeia a ser efetivamente preso e foi colocado numa das 15 celas de nove metros quadrados daquela unidade de confinamento solitário.
Sarkozy foi o 23.º presidente de França e ocupou o cargo entre 2007 e 2012.
foto: depositphotos
