"Será que lançaria ataques no México para travar o tráfico de droga? Não tenho problema nenhum com isso", frisou o chefe de Estado norte-americano, em declarações aos jornalistas na Sala Oval.
Trump vincou que não está satisfeito com a forma como o México tem lidado com a guerra contra a droga e, por isso, não descarta um ataque contra os cartéis naquele país.
"Não estou a dizer que vou fazer isso. Mas teria orgulho em fazê-lo", sublinhou, ainda.
Trump afirmou estar em negociações com o Governo mexicano e que o país latino-americano sabe da sua posição, depois de observar que centenas de milhares de pessoas morreram nos Estados Unidos devido às drogas.
As palavras de Trump representam uma mudança de tom, uma vez que anteriormente tinha elogiado a Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, pela sua cooperação com os Estados Unidos na luta contra o narcotráfico.
O Presidente republicano fez estas declarações à imprensa em plena operação 'Lança do Sul', que ordenou para combater o narcotráfico na América Latina e que aumentou particularmente as tensões com a Venezuela devido a um possível ataque dos EUA no seu território.
Desde Setembro, os militares norte-americanos destruíram cerca de 20 embarcações nas Caraíbas e no Pacífico, perto da Venezuela e da Colômbia, executando extrajudicialmente mais de 70 pessoas, rotuladas como narcoterroristas.
Os Estados Unidos mobilizaram uma armada nas Caraíbas, oficialmente para conduzir a campanha militar contra o narcotráfico.
Trump frisou, na mesma conferência de imprensa, que não descarta nenhuma opção em relação a uma eventual intervenção militar em território venezuelano e que está aberto a conversar com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
"Sim. Provavelmente falarei com ele", referiu Trump, indicando depois que falará com Maduro "em algum momento".
"Causa danos tremendos ao nosso país", acrescentou Trump, respondendo a uma pergunta sobre se Maduro poderia manter-se no poder em algumas circunstâncias.
Em relação ao possível envio de tropas para a Venezuela, Trump indicou que "não descarta nada" e insistiu que Caracas "libertou centenas de milhares de pessoas das suas prisões" para os Estados Unidos.
"Não sou apaixonado por quem governa a Venezuela. Amo o povo da Venezuela", concluiu.
O Presidente norte-americano já tinha referido possíveis "conversas" com Maduro no domingo.
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