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"A recente escalada de tensões e o envio de forças militares para o sul do Mar das Caraíbas representam atos que colocam em risco a estabilidade regional. É imperativo preservar o nosso espaço de coexistência pacífica, não apenas como aspiração regional, mas como uma contribuição concreta e valiosa para a paz internacional", afirmou o representante do México na ONU, embaixador Héctor Vasconcelos.
O diplomata afirmou ainda que, de acordo com os princípios constitucionais da política externa, o México "reitera que cabe exclusivamente ao povo venezuelano determinar o seu futuro político", e faz um apelo "inequívoco e urgente a todas as partes para que privilegiem os canais diplomáticos, ajam com contenção e cautela e evitem medidas que possam agravar a situação".
Vasconcelos reiterou igualmente a disponibilidade manifestada pela Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, para apoiar "qualquer esforço de facilitação do diálogo, mediação ou acompanhamento que contribua para preservar a paz regional e evitar um confronto".
O diplomata assinalou que, com base nos princípios constitucionais da política externa do México, independentemente do país ou região em questão, "o diálogo e a negociação são as únicas vias legítimas e eficazes para resolver, a longo prazo, as diferenças existentes".
Numa altura em que "o valor do multilateralismo e da própria ONU está a ser posto à prova", é indispensável recorrer aos mecanismos previstos no artigo 33º da Carta das Nações Unidas, relacionados com a prevenção de conflitos e a solução pacífica de controvérsias, acrescentou Vasconcelos, instando o secretário-geral da ONU, António Guterres, a "usar os bons ofícios para ajudar a diminuir as tensões, promover a confiança entre as partes e facilitar o diálogo".
