​FAO assistiu mais de 1,8 milhões de pessoas em 10 meses em Moçambique

PorExpresso das Ilhas, Lusa,13 dez 2025 9:04

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) assistiu mais de 1,8 milhões de pessoas, de janeiro a outubro, em Moçambique, alertando que a insegurança alimentar continua uma "preocupação crítica".

De acordo com um relatório daquela agência da ONU, a que a Lusa teve hoje acesso, durante os primeiros 10 meses do ano foram apoiados um total de 1.895.931 pessoas, de cerca de 4,36 milhões de pessoas necessitadas em Moçambique.

Até outubro, a FAO explica que foram implementados dois objetivos relativos à prestação de assistência alimentar vital para a população em situação de insegurança alimentar aguda e intervenções agrícolas "de emergência, urgentes e vitais", para a população em situação de insegurança alimentar aguda, incluindo deslocados internos, regressados e não deslocados, garantindo um acesso equitativo que aborde as vulnerabilidades específicas de género.

"Em relação à assistência alimentar, no que diz respeito ao número de pessoas assistidas - beneficiários únicos durante pelo menos um mês -, os parceiros de segurança alimentar e meios de subsistência atingiram 79,91% do objetivo", avança-se no relatório, referindo-se que, em termos de quantidades de alimentos distribuídos, foram atendidas apenas 20,10% das necessidades dos visados.

"A insegurança alimentar em Moçambique continua a ser uma preocupação crítica", alerta aquela agência da ONU.

Fazendo menção ao recente relatório da Classificação Integrada das Fases de Segurança Alimentar - IPC em Moçambique, a FAO avança que aproximadamente dois milhões de pessoas enfrentam atualmente elevados níveis de insegurança alimentar aguda (fase 3 ou superior do IPC), "necessitando de assistência humanitária urgente para salvaguardar vidas e meios de subsistência" e, destas, cerca de 148.000 pessoas estão na Fase 4 do IPC (emergência) no país.

"Para o período projetado, outubro de 2025 a março de 2026, estima-se que 2,67 milhões de pessoas poderão enfrentar insegurança alimentar aguda, incluindo 170 mil em risco de entrar na fase 4 do IPC", conclui-se.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) alertou na terça-feira para "lacunas importantes" na resposta humanitária aos afetados pela seca em Moçambique face ao défice de financiamento, tendo conseguido apenas 14% dos 190,6 milhões de euros solicitados em 2024.

"Persistem lacunas importantes na resposta humanitária devido ao financiamento insuficiente recebido", referia-se no relatório da OIM.

Foto: depositphotos

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,13 dez 2025 9:04

Editado porFretson Rocha  em  13 dez 2025 18:19

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