O indivíduo do sexo masculino, 36 anos, tido como suposto autor material do caso, encontra-se em prisão preventiva desde 01 de Outubro de 2022, altura em que a Polícia Judiciária (PJ), através da Secção de Investigação de Crimes Contra Pessoas (SICCP), desvendou o caso, depois de mais de um ano de mistério sobre desaparecimento da jovem.
Aquando da sua detenção e da aplicação de prisão preventiva como medida de coação, o indivíduo, que residia no bairro de Alto São Pedro, centro da cidade de São Filipe, ficou indiciado pela prática de crimes de sequestro, homicídio agravado e atentado contra a integridade de cadáver e cinzas.
O processo foi investigado pela PJ, que tem competências legais para o efeito, por delegação de competências do Ministério Público da Comarca de São Filipe, tendo a operação contado com o envolvimento directo do procurador da República da Comarca de São Filipe, colaboração institucional da Polícia Nacional e do apoio da Protecção Civil e Bombeiros Municipais de São Filipe.
O desaparecimento da jovem Patrícia de Pina, mais conhecida por Preta, que residia no bairro de Beltchés, ocorreu a 13 de Setembro de 2021 e os restos mortais foram encontrados a 01 de Outubro de 2022, no quintalão onde funcionava a oficina de ferragem, situado no Alto de São Pedro.
O início do julgamento está marcado para as 08:30 de quinta-feira, 16, cinco meses e meio após a detenção do principal suspeito.
De acordo com o Código Penal em vigor, se for condenado pelos crimes de que está indiciado, nomeadamente de sequestro (138º), homicídio agravado (124º), atentado contra a integridade de cadáver e cinzas (177º) poderá passar, no mínimo, 18 anos e seis meses de prisão, e, no máximo, 35 anos, que é a pena máxima em Cabo Verde.