Presidente da Câmara Municipal da Praia visitou obras de asfaltagem das principais ruas da Achada de Santo António e deixou críticas ao governo. Investimento de 66 mil contos, se tivesse isenção de IVA, podia permitir a asfaltagem de todas as ruas do maior bairro da capital. Trabalhos devem estar concluídos dentro de dois meses, garantiu o autarca.
"Nós temos estado a fazer muitos investimentos importantes que podiam ser ainda mais se o Governo contribuísse positivamente" garantiu o Presidente da Câmara Municipal da Praia, hoje, durante a visita às obras de asfaltagem da Achada de Santo António. Segundo o autarca a isenção de IVA nesta obra permitiria à autarquia asfaltar todas as ruas do bairro.
"Este é o maior bairro da capital e nós estamos a melhorar a sua qualidade", afirmou o autarca que disse que a CMP está a criar "uma relação com os munícipes de forma a elevar a sua auto-estima, dar qualidade ambiental ao bairro". As obras de asfaltagem vão "melhorar o saneamento, as vias de acesso e tudo isto é uma grande retribuição" da autarquia "aos munícipes da Achada de Santo António", acrescentou.
As vias secundárias da Achada de Santo António não vão ser, para já, asfaltadas, garantiu Ulisses Correia e Silva. "Nós temos limitações financeiras que são evidentes e temos várias outras intervenções noutros bairros que vão arrancar brevemente", explicou o autarca.
Na Achada de Santo António a CMP vai iniciar em breve "a requalificação do Largo Eusébio, vamos ter uma rua comercial para acomodar as vendedeiras, requalificação do calcetamento e ligações de água e esgoto no Meio da Achada de Santo António". "Há aqui um pacote muito importante que está muito focalizado no sentido de melhorarmos a qualidade ambiental e a qualidade de vida dos munícipes da Achada de Santo António", reforçou Ulisses Correia e Silva.
Em situação diferente, segundo o autarca encontra-se o processo de requalificação do Largo Europa, onde está localizada a Bolsa de Valores. Segundo explicou Ulisses Correia e Silva o projecto inicial foi rejeitado pelos moradores e está agora a ser refeito. "Os moradores não quiseram o projecto e nós sempre apresentamos o projecto com uma componente de parceria publico-privada" onde existissem "espaços comerciais que viabilizassem o investimento". "Não tivemos o acordo dos moradores, estamos a reformular o projecto para ver se se consegue fazer uma intervenção de outra natureza".