Guarda Municipal vai definir modelo de policiamento comunitário

PorSara Almeida,22 nov 2015 6:00

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A poucos dias de completar o seu quinto aniversário, a Guarda Municipal da Praia é hoje uma instituição já reconhecida. Por coincidência, numa altura em que se programam várias actividades para celebrar a efeméride, mais um passo será dado no sentido de melhorar a sua actuação junto à comunidade. No âmbito de um protocolo de cooperação, iniciou-se esta semana uma formação com a Polícia Municipal de Lisboa, a partir da qual a Guarda praiense irá delinear o seu próprio modelo de policiamento comunitário.

 

No próximo dia 1 de Dezembro a Guarda Municipal da Praia cumpre cinco anos de existência. Sendo uma entidade ainda recente, o grande desafio tem sido afirmar-se como uma força de segurança na cidade, a par com outras. Aliás o principal constrangimento à actuação da Guarda Municipal foi mesmo que a sociedade a visse como uma autoridade. Mas esta é uma situação que, de acordo com o Comandante José Mendonça, já foi em grande parte ultrapassada.

A cada dia, a organização fortalece-se, o que também passa pelas boas parcerias que mantém com a Polícia Nacional, e com entidades como a ARFA ou a delegacia de saúde da Praia.

Será agora dado mais um passo para essa consolidação com uma formação, dada por técnicos da Policia Municipal de Lisboa, que se iniciou ontem e que irá decorrer durante uma semana.

A formação, que surge “em boa hora” e se junta a um conjunto de actividades de comemoração do aniversário, resulta de um protocolo de cooperação em capacitação técnica na área da Segurança urbana assinado entre a Praia, Lisboa e UCCLA (ver caixa)

O objectivo final, como explica, por seu lado, o comandante Paulo Caldas, da Polícia Municipal de Lisboa é que, com base em informação adequada, facultada na formação, e baseada no modelo de policiamento comunitário desenvolvido por esta estrutura orgânica da Câmara portuguesa, a Praia possa criar o seu próprio modelo.

“É uma formação sobretudo no âmbito de como estabelecer parcerias, como conceber um perfil do polícia comunitário, como analisar os locais onde vamos intervir, etc. Portanto, há um conjunto de ferramentas que vão ser ensinadas e colocadas à disposição, para que mais tarde possam construir o modelo de policiamento comunitário da Praia”, especifica.

 

Melhores relações com o munícipe

Ao longo deste cinco anos de percurso têm, entretanto, surgido amiúde queixas sobre a forma de actuação dos agentes da Guarda Municipal, principalmente no que toca ao relacionamento com as rabidantes. A fiscalização da actividade económica é uma das vertentes de intervenção desta força, mas a sua autoridade é, como referido, por vezes posta em causa. Criam-se situações degradáveis, muitas vezes com insultos à mistura, e com as quais nem sempre os agentes sabem lidar da melhor forma.

José Mendonça reconhece, pois, a existência destas situações, mas garante que, embora a actividade económica continue a ser a aérea onde se apresentam as maiores dificuldades de intervenção, o relacionamento com as vendedeiras é cada vez mais satisfatória. Melhorar o relacionamento com os munícipes é, inclusive, uma das prioridades da Guarda Municipal, sendo que estão previstas palestras nesse sentido, avança o comandante José Mendonça.

Também na formação este será um tema em destaque, pois como refere o comandante Paulo Caldas, “para poder trabalhar no policiamento comunitário, que é uma das várias atribuições dentro da Polícia Municipal, [o agente] deve ter características muito próprias: tem de ser excepcional em termos de relações interpessoais, tem de ser uma pessoa motivada, tem de ser uma pessoa extrovertida que possa ter um bom contacto com a comunidade, porque o que está em causa, aqui, é o envolvimento da própria comunidade.”

 

Chegar a todos os bairros

Uma das vantagens da Guarda Municipal, que se quer potenciar com o modelo de policiamento comunitário, é chegar a todos os cantos e recantos da Praia, nomeadamente aqueles onde a Polícia Nacional tem dificuldades em actuar.

José Mendonça garante que hoje, a Guarda já marca presença em todos os bairros. Onde os carros não vão, “vamos a pé”, diz. Questionado sobre porque é que a percepção dos munícipes é então que apenas se encontram no Plateau, o comandante considera ser simplesmente porque essa zona ser a que tem mais visibilidade.

De qualquer modo, o contingente, hoje composto por 38 agente será reforçado no final do ano com novos agentes, e elevado para cerca de 50. E a patrulha pelos diferentes bairros, mesmo os de mais difícil acesso, cada vez mais eficiente, acredita.

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Autoria:Sara Almeida,22 nov 2015 6:00

Editado porExpresso das Ilhas  em  31 dez 1969 23:00

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