O estudo, promovido pela Turtle Foundation em colaboração com Instituto Nacional do Desenvolvimento das Pescas de Cabo Verde, alerta para "a necessidade de rever as medidas de conservação vigentes, trabalhando directamente com caçadores e consumidores".
Segundo o documento, os registos anuais continuam a evidenciar uma forte influência negativa da acção humana nos níveis de população de tartarugas marinhas no arquipélago.
O estudo conclui que a aprovação em finais de 2015 da legislação que criminaliza a captura, abate e comercialização de tartarugas marinhas, não trouxe resultados positivos imediatos.
Em reacção, o gestor do programa de conservação de tartarugas da Fundação Maio Biodiversidade, citado pela Rádio Morabeza, concorda com o estudo, mas não na sua totalidade. Leno dos Passos diz-se ciente de que os esforços da Maio Biodiversidade não são suficientes. “Ainda temos, em todas a s ilhas de Cabo Verde, apanha, comercialização e consumo da carne de tartarugas”, lamenta.
“Todas as ONG têm estado a trabalhar com o Governo para atingir o objectivo que é eliminar a apanha de tartarugas em Cabo Verde”, acrescenta o responsável.
Leno dos Passos defende a necessidade de trabalhar na sensibilização das comunidades que, segundo diz, precisam entender quais os benefícios da preservação de tartarugas.
O gestor do programa de conservação de tartarugas da Fundação Maio Biodiversidade acrescenta ainda que as Organizações não-governamentais têm estado a reforçar a fiscalização das praias, mas alerta para as dificuldades financeiras que as ONG’s enfrentam para executar os seus projectos.