Segundo o responsável geral da empresa, José Luís Mosteiro, o alegado corte aconteceu no sábado à noite, o que torna impossível a actividade fabril.
“Conseguimos trabalhar até ontem, mas hoje já não há condições porque a água não tem saída e está voltando à nossa fábrica. Nós somos uma fábrica de produtos alimentares e não podemos estar nessa situação. Temos todas as contas em dia, cumprimos as requisições da Câmara e não sei qual a sua motivação”, diz.
A Câmara Municipal, através do vereador Rodrigo Martins, explica que a autarquia não vedou a saída de esgoto da Frescomar, mas sim procedeu à ligação da rede da empresa directamente à ETAR em Ribeira de Vinha. O objectivo, segundo o autarca, é acabar com o problema do vazamento de esgotos na praia do Lazareto, que dura há cerca de 5 anos.
“Há já algum tempo estamos a tentar resolver esse problema e, em concertação com a Frescomar, procedemos à ligação da rede de esgotos da Frescomar directamente para a ETAR, o que significa que agora as águas residuais não passam pela estação de bombagem do Lazareto, acabando assim com o mau cheiro que havia na zona”, explica.
Rodrigo Martins esclarece que o que acontece é que a conserveira recusa-se a fazer a ligação directa à ETAR e, no domingo, sem autorização da Câmara, começou a mexer na rede mas foi travada pela fiscalização municipal. A Câmara promete manter-se firme na decisão.
“Foi uma decisão da Câmara, nós vamos manter firmes na nossa decisão, na medida em que temos que salvaguardar também o bem-estar das pessoas que vivem no Lazareto”, posiciona-se.
O vereador considera que proceder à bombagem directamente para a ETAR foi a solução encontrada para resolver o problema na estação do Lazareto.