A assinatura do acordo aconteceu na Cidade da Praia. Para além do apoio financeiro, o projecto prevê assistência técnica.
O objectivo principal é controlar e lutar de forma eficaz contra a invasão da lagarto-do-cartucho do milho, especialmente na cultura do milho irrigado e sequeiro.
Segundo o representante da FAO, Rémi Nono Womdim, trata-se de um projecto importante que irá também ajudar várias famílias a relançarem as suas actividades agrícolas, na sequência dos danos causados pela seca.
A lagarta-do-cartucho do milho foi identificada em Cabo Verde em Junho de 2017 e o país deve preparar-se para conviver com a sua presença.
“O objectivo principal é de tornar a agricultura cabo-verdiana mais resiliente e preparada para lidar com um agressor que já tomou conta das Américas, da África e que poderá pôr em causa a agricultura em Cabo Verde”, salienta Rémi Nono Womdim.
Segundo o responsável, é possível controlar e atenuar os efeitos de praga, sendo certo que para o sucesso dessa luta é necessário o envolvimento dos agricultores.
Para o ministro da Agricultura e do Ambiente, Gilberto Silva, o projecto, cuja duração é de aproximadamente 16 meses, é de “grande importância” para Cabo Verde, não apenas pela sua dimensão financeira, mas, sobretudo, pela assistência técnica.
“Estamos a falar de uma praga que traz muitos prejuízos à agricultura num país que está a viver uma seca severa e que põe em causa também a produção e o rendimento das famílias”, enfatiza.
Gilberto Silva adianta que o projecto vai trazer resultados “concretos” a favor da agricultura cabo-verdiana e dos agricultores.
O mesmo prevê a instalação de um dispositivo de vigilância da praga, que, segundo diz, vai permitir às estruturas do Ministério da Agricultura um domínio do conhecimento e práticas para levar a cabo a luta integrada pela via da capacitação e da utilização de tecnologias disponíveis.
O projecto prevê, também, a sensibilização e capacitação dos agricultores, a produção de inimigos naturais, a melhoria as técnicas de utilização das biopesticidas e a criação de unidades de produção de biopesticidade à base de espécies arbóreas como a tendente.