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O aviso foi feito por António Sebastião, esta manhã, na Cidade da Praia, durante a sua intervenção no acto central das comemorações do 25º aniversário da Polícia Judiciária, assinalado hoje, e que contou com a presença do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, ministra da Justiça e do Trabalho, Janine Lelis, e o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.
“Queremos alertar aos altos responsáveis para a urgente e necessidade de dar uma maior atenção ao crime organizado e às práticas nocivas que sustentam a corrupção e a violência encomendada”, afirmou o responsável.
Sublinhou que a situação geográfica de Cabo Verde exorta a PJ e a todos a um esforço muito maior na criação de um ambiente hostil e intolerante, sendo que existem vulnerabilidades estruturais que são aproveitas pelas estruturas criminosas ligadas aos tráficos.
Segundo o director, o contexto social, económico e cultural de Cabo Verde é bem distinto a quando da criação da Polícia Judiciária, e por norma a criminalidade também acompanha e beneficia-se do desenvolvimento económico e tecnológico dos países, adaptando-se e diversificando.
No seu entender, esse fenómeno torna-se cada vez mais complexo e sofisticado e em certos casos pode colocar em causa o normal funcionamento das instituições públicas e privadas e, consequentemente, a paz, segurança e tranquilidade públicas.
Por outro lado, disse que a história de coragem e do compromisso de combate não é tão exíguo no meio onde todos são conhecidos e a intolerância em relação aos fenómenos criminais nem são entendidos como tal na sua verdadeira dimensão pela própria sociedade.
Por seu lado, a ministra da Justiça e do Trabalho, Janine Lelis, disse que ao longos desses 25 anos de existência , a PJ passou por dificuldades, venceu muitos obstáculos, ganhou experiência e perícia que permitiu a sua estabilidade institucional e abrir caminho para a sua consolidação.
“A sua perspectiva é que ela preste cada vez mais um melhor serviço, seja mais efectiva e eficaz na investigação e no combate à criminalidade e que contribua para a paz social”, realçou, frisando que para combater a criminalidade o Governo tem estado a aumentar verbas para o sector da segurança e justiça.
Segundo a governante, o Governo está a cumprir com a classe, sendo que hoje a PJ tem o estatuto pessoal ajustado à complexidade das suas funções, estão a ser dotadas com tecnologias de informação e apedrejadas com meios tácticos de segurança para a sua acção diária e efectiva.
Ao usar da palavra, o primeiro-ministro, Ulisses Correia Silva, assegurou que o Governo está e vai continuar a investir neste sector, uma vez que é crucial para o funcionamento das instituições que garantem o bem básico dos cidadãos e por ser um activo essencial e fundamental para o desenvolvimento de qual quer país.
“Estamos a vamos continuar a investir, quer na administração da justiça, da segurança, a nível das instituições, dos recursos humanos, quer dos meios e matérias tecnologias”, assegurou o chefe do Governo, afirmando que o Executivo priorizou investimentos na melhoria e funcionamento, mas também a nível de motivação da Policia Nacional e Polícia Judiciária, dando maior destaque ao combate e segurança urbana, turística e marítima.
Durante a cerimónia, a Polícia Judiciária foi condecorada pelo Governo com a Medalha Profissional do 1ºGrau , por ser uma instituição de referência.
