Paulo Veiga fez esta consideração , no Mindelo, à margem de uma vista ao mercado de peixe.
“Como é que se pode fazer? Aumentando a capacidade de frio porque quando se pesca a mais vende-se ao desbarato. O preço do pescado flutua muito. Quando há excesso para que o pescado não se estrague os preços baixam, ao invés de estarem a ser conservados para serem vendidos em épocas baixas. Mas realmente é preciso arranjar e pensar novas políticas para as épocas de defeso e está em calha essa discussão com todo o sector", garante.
As comunidades piscatórias reivindicam investimento nas infraestruturas e a resposta a problemas logísticos que permitam o desenvolvimento sustentável do sector.
Paulo Veiga garante que o governo está a trabalhar para colmatar as falhas existentes
"Através dos montantes que têm sido recebidos através do acordo de pesca tem-se feito o desenvolvimento das pescas e é com esse montante que funciona a INDP e em parte o sector, porque alimenta o orçamento do sector. Não se pode dizer que não se tem feito, podem é dizer que não têm sentido o efeito dessas políticas. E é neste sentido que estamos também a fazer estas visitas para colmatar as falhas para que realmente as comunidades sintam a diferença. No novo acordo, em negociação, as orientações dadas são para que haja projectos concretos voltados para a comunidade", afirma.
Segundo o secretário de Estado adjunto para Economia Marítima, o governo está a trabalhar na reorganização do sector, tendo como objectivo último transformar os pescadores em industriais.