Alguns agricultores, citados pela Inforpress, dizem ter já presenciado, em alguns terrenos em Chã de Branquinho, essa praga, de nome cientifico illacme plenipes, que terá chegado a Santo Antão na década de 70, proveniente da Europa.
O vale ainda encravado de Chã de Branquinho era, conjuntamente com Tarrafal de Monte Trigo, Martiene e Chã de Norte, uma localidade agrícola ainda sem essa praga que, em 1984, levou as autoridades cabo-verdianas a decretar o embargo aos produtos agrícolas de Santo Antão.
Os mil-pés terão chegado à Chã de Branquinho a partir da localidade de Figueiras, no concelho da Ribeira Grande, transportados em estrume (uma espécie de adubo), mas há lavradores que acreditam que essa praga terá sido levada também para essa localidade durante as obras de reordenamento da bacia hidrográfica de Alto Mira.
O Governo admite estar, nesta altura, à procura de “soluções” para resolver o problema do embargo aos produtos agrícolas de Santo Antão.
Os produtores agrícolas desta ilha não conseguem, há mais de três décadas, exportar os seus produtos, por causa do embargo.