​AJOC pede justiça a líderes mundiais no caso da morte do jornalista saudita

PorExpresso das Ilhas, Lusa,21 out 2018 8:40

Jamal Khashoggi
Jamal Khashoggi

A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) anunciou sábado que subscreveu um comunicado conjunto a exigir aos líderes mundiais que se faça justiça em relação ao caso da morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

Em comunicado enviado às redacções, a AJOC recorda que “o repórter foi visto pela última vez no dia 02 de Outubro, quando entrou no consulado da Arábia Saudita, em Istambul, na Turquia”.

“Consideramos que este episódio repugnante envolvendo o jornalista saudita exige que os líderes progressistas do mundo exerçam pressão sobre os governos repressivos para que medidas decisivas e corajosas sejam tomadas, no sentido de se acabar com os crimes contra os jornalistas e a impunidade que rodeia esses crimes”, lê-se no comunicado da AJOC.

Para esta associação, “o desaparecimento trágico e flagrante de Khashoggi representa um ataque desferido à opinião pública internacional e uma afronta à liberdade de imprensa e ao direito à opinião divergente, bem como ao direito à segurança pessoal”.

Para a AJOC, e as suas congéneres, “se o mundo não levar a sério esse ataque a uma imprensa livre e à democracia, isso irá desencorajar os jornalistas críticos e as vozes dissidentes na Arábia Saudita e em outros países”.

“O descanso sobre este desaparecimento incitará igualmente a mais repressão e encorajará outros governos a usarem o desaparecimento forçado para silenciar jornalistas e críticos dentro e fora de suas fronteiras”, prossegue o comunicado.

A AJOC exorta “os líderes mundiais, incluindo o Relator Especial das Nações Unidas para a Liberdade de Expressão e Opinião, o Governo dos Estados Unidos, os líderes da União Europeia, a União Africana e a todas forças progressistas a enfrentarem este desafio com a mesma determinação, garantindo que toda a atenção da comunidade internacional esteja centrada no desaparecimento do jornalista saudita dissidente e que a justiça seja feita”.

Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de Outubro para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.

Jornalista saudita residente nos Estados Unidos desde 2017, Khashoggi era apontado como uma das vozes mais críticas da monarquia saudita.

Entretanto, a Arábia Saudita reconheceu hoje que o jornalista foi morto no seu consulado em Istambul durante uma luta, referindo que 18 sauditas estão detidos como suspeitos, anunciou a agência oficial de notícias SPA.

A agência estatal de notícias saudita SPA revelou também que um conselheiro próximo do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, foi demitido, juntamente com três líderes dos serviços de inteligência do reino e oficiais.

As informações reveladas não identificam os 18 sauditas detidos pelas autoridades.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,21 out 2018 8:40

Editado porFretson Rocha  em  14 jul 2019 23:22

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