“O objectivo é fazer com que Cabo Verde seja um país atractivo, não um país repulsivo. Nós temos uma história de emigração, que se conta pela história, mas queremos construir um país onde as pessoas se sintam bem e onde possa haver regressos, nomeadamente de quadros e técnicos, mas também de cidadãos que queiram continuar depois a sua vida em Cabo Verde”, afirmou Ulisses Correia e Silva, à margem da II Gala “Cabo Verde Sucesso”, em Lisboa.
O primeiro-ministro cabo-verdiano sublinhou a importância da diáspora, que pode “dar uma contribuição positiva para o país”.
“Podemos aproveitar melhor aquilo que são as competências e as capacidades da diáspora, no domínio da tecnologia, da academia, do empreendedorismo, da sua participação política nos países de acolhimento, para dar uma contribuição positiva para o país”, contou o responsável governamental à Lusa.
Segundo o primeiro-ministro de Cabo Verde, há já vários instrumentos em funcionamento para garantir que estes objectivos sejam alcançados, como a mobilidade académica.
Na óptica do político do Movimento para a Democracia (MpD), a possibilidade de os professores poderem leccionar cursos ou conferências em universidades cabo-verdianas e intercambiarem com outras universidades fora do país apresenta-se como uma ferramenta de valorização de Cabo Verde.
Ulisses Correia e Silva justificou a escolha de Lisboa para palco da segunda edição da gala pelas semelhanças com o projecto que ambiciona para Cabo Verde.
O chefe do Governo cabo-verdiano almeja que Cabo Verde alcance o estado de Lisboa, uma cidade que considera “simpática, acolhedora, com bom sentido de integração, multiculturalidade, moderna, cosmopolita e que hoje está a afirmar-se no mundo”.
O Convento do Beato, em Lisboa, recebeu na noite de sábado a II Gala “Cabo Verde Sucesso”, uma cerimónia que homenageou 15 personalidades da diáspora cabo-verdiana que se destacaram nas suas comunidades, distribuídas por cinco categorias (Desporto, Ciência e Tecnologia, Empreendedorismo, Cidadania e Educação e Cultura).