Ao falar na Praia, Francisco Tavares diz que ao longo das últimas duas décadas e meia foi possível fazer com que os cabo-verdianos tenham um comportamento sexual responsável. Ao mesmo tempo, as mulheres ganharam o poder de exercer o direito à saúde reprodutiva.
“Hoje temos baixa prevalência do HIV- SIDA, porque não obstante o facto de sermos uma sociedade jovem, temos disponibilidade de serviço de saúde sexual e reprodutiva. Neste percurso, a VerdeFam participou em primeira linha, enquanto organização não governamental. Participou com informação, trabalhando na proximidade especialmente dos adolescentes, mas também prestando serviços e é por isso que hoje temos razões para celebrar juntamente com a sociedade cabo-verdiana", avança.
O responsável destaca alguns desafios que a VerdeFam ainda tem pela frente.
“Queremos perenizar a nossa estrutura, somos uma ONG que existe não apenas para hoje, amanhã, ou para os próximos 2, 3 anos. Queremos dar estabilidade à nossa estrutura, para perenizar a VerdeFam. Temos também o desafio de recolocar a problemática da família na agenda publica, porque em Cabo Verde há muitas intervenções que têm impacto na família, mas temos pouca presença pública, pouca politica pública em direcção à família", explica.
Durante o workshop, será igualmente debatido o tema “o cancro e a saúde sexual reprodutiva". A abertura foi presidida pelo ministro da Saúde, Arlindo do Rosário.
A Associação Cabo-verdiana para a Protecção da Família, VerdeFam, é uma ONG, sem fins lucrativas, criada em 25 de Março de 1995, na Praia, com o objectivo de defender e promover o direito à saúde, nomeadamente à Saúde Sexual e Reprodutiva.