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Os resultados foram conhecidos no início deste mês e em entrevista à Rádio Morabeza, Antónia vê a sua eleição como "um alívio" para os trabalhadores cabo-verdianos naquele país da Europa Ocidental.
“Um alívio, no sentido que até agora nunca houve cabo-verdianos na Câmara dos Assalariados, sabendo que todas as decisões do Luxemburgo passam lá antes de serem votadas. Por exemplo, se tiver leis que não vão ser favoráveis aos cabo-verdianos ou aos estrangeiros, em geral, tem pessoas para argumentar e fazer com que a lei não passe”, explica.
A responsável considera que os estrangeiros são os mais penalizados, no que diz respeito aos direitos sociais. Em relação aos cabo-verdianos, Antónia do Rosário Santos aponta o problema de alojamento e os contratos de trabalho precários como os principais constrangimentos.
“Temos muitos cabo-verdianos com problemas de alojamento. No trabalho, os contratos são precários. Uma pessoa com contrato de três ou seis meses não consegue fazer um empréstimo no banco para comprar uma casa e tem problemas mesmo em alugar um apartamento. Mas gostaria de ver mais cabo-verdianos dentro este assunto, porque muita gente quer ser defendida mas ninguém faz nada para ser defendido”, lamenta.
A cabo-verdiana Antónia do Rosário Santos está no Luxemburgo desde 1994. Chegou ao país com 24 anos. Está ligada a questões laborais desde 2013, altura em que foi eleita delegada sindical na empresa onde trabalhava, tendo ocupado também o cargo de vice-presidente do departamento dos imigrantes, na principal força sindical no Luxemburgo.
A entrevista completa a Antónia do Rosário Santos pode ser ouvida no Panorama 3.0 da Rádio Morabeza, que vai para o ar esta sexta-feira, às 19 horas, e que também ficará disponível online, na página do programa.
