Tomás Valdez discursava hoje em São Vicente, no encerramento da Semana Africana de Vacinação que começou a 22 deste mês.
“Não obstante os bons resultados que o país tem, temos que continuar a reforçar o nível de cobertura vacinal no país, diminuindo os gaps que ainda possam existir, de modo a blindar o país sobre possíveis situações de importação”, defende.
O responsável da OMS lembra que, de todos os países da sub-região africana, apenas Cabo Verde não registou nenhum caso de sarampo, e felicita o país pelos progressos sobre o acesso às vacinas, taxa de cobertura vacinal alcançada e pela introdução de novas vacinas nos últimos anos.
Tomás Valdez refere que além dos benefícios para a saúde, a vacinação também tem impacto directo a nível económico.
“Por cada um dólar gasto na vacinação da criança, existe um retorno de 44 dólares em termos de benefícios económicos, fazendo com isso que a vacinação seja uma das intervenções com mais custo-benefício no sector da saúde, e que ajudam as crianças a passar por uma vida adulta saudável. A Organização Mundial da Saúde continua engajada ao lado dos países no caminho da vacinação universal”, diz.
O Director Nacional Saúde, Artur Correia, considera que o programa alargado de vacinação é um sucesso.
Na forja está a introdução da vacina contra o HPV, fundamental para a diminuição do cancro de colo do útero nas adolescentes.
“Cabo Verde é um campeão nesse domínio, não só pela alta taxa de cobertura vacinal. Lembro aqui que foi recentemente lançado a ideia de que vamos, o mais rapidamente possível, introduzir a vacina contra o HPV. Estamos a finalizar todo o projecto em termos financeiros para, muito brevemente começarmos a implementar essa medida”, garante.
A Semana Africana de vacinação começou no dia 22 e termina hoje, sob o lema “As vacinas funcionam: protejamos todos”. O objectivo do evento foi divulgar a importância da vacinação na prevenção de doenças evitáveis, na redução da mortalidade infantil, e o acesso universal de toda a população.