Celestino Afonso, que falava à Inforpress sobre o arranque da época balnear, que teve início a 05 de Julho, considera que os nadadores-salvadores nas praias de Kebra Kanela, Prainha e São Francisco “são insuficientes” para vigiar a área da sua responsabilidade, face ao número de banhistas.
“A cada ano temos cerca de dez nadadores-salvadores, insuficientes para as três praias da capital consideradas balneárias, mas mesmo assim permite de certa forma prestar o serviço mínimo”, afirma o responsável, que explicou que o programa prevê dois nadadores-salvadores por cada praia, no período das 09:00 as 13:30, e das 13:30 as 18:00 durante toda a semana, e em São Francisco apenas aos fins-de-semana.
Celestino Afonso, que é também director da Protecção Civil do concelho, reconhece que há necessidade de alargar este período, tendo em conta que as praias continuam cheias, mesmo depois das 18:00, horário estipulado para permanência de nadadores-salvadores.
A autarquia faz a gestão e contratação do pessoal que trabalha nessas praias mas o fornecimento de alguns equipamentos continua a ser responsabilidade do Instituto Marítimo Portuário (IMP).
“A nível dos equipamentos, são garantidos pelo Instituto Marítimo Portuário, mas tem havido alguma dificuldade em relação a esse fornecimento. Podemos dizer que as condições não são as melhores actualmente em equipamentos, mas também não são piores, porque têm os mínimos”, sublinha.
Cada nadador-salvador recebe entre 22 mil e 23 mil escudos/mês, contrato que não inclui a segurança social.
“Ainda não temos todas as condições a nível da formação e do recrutamento de pessoal, e deparamos que são pessoas que estão neste ramo há mais de 20 anos, recebem formação do IMP de dois em dois anos, mas acho que tem que haver maior exigência”, acredita.