Conforme Tommy Melo, a associação tem-se deparado com a situação de cães a “atacar vorazmente” tartarugas e ninhos, no Mindelo, com três mortes já registadas.
“São mortes avassaladoras, com os animais a serem muito agredidos pelos cães e acabando por morrer”, explicou o ambientalista, para quem este fenómeno é algo criado por “descontrolo social e de autoridades municipais”, que permitem “grandes quantidades” de cães vadios na ilha.
Os casos foram registados nas praias de João Évora, Lazareto, Calhau, Praia Grande e Baía das Gatas, entre outras, onde as tartarugas e os ninhos estão em perigo, quando já enfrentam outras ameaças surgidas de factores humanos, entre as quais captura, mudanças climáticas e extracção de areia.
A Biosfera 1 enviou uma carta-convite a entidades como a câmara municipal, Ministério do Ambiente e outras entidades da sociedade civil, como a Associação Ponta D´Pom, uma das responsáveis pela protecção da desova de tartarugas, no Mindelo, solicitando um encontro para elaboração de um “plano de emergência”.
Tommy Melo alerta para a questão dos cães vadios que podem começar a atacar crianças.
“Espero que este dia não chegue, mas para que não chegue temos que começar a resolver esta situação de forma urgente”, reforçou.
“Um cão atacar uma tartaruga é a mesma coisa que atacar uma criança, qualquer um dos dois é crime e as autoridades vão ter que tomar uma atitude e de urgência”, considera.