A declaração foi feita hoje pela responsável do MCCR, Maria Zsuzsanna Fortes, à margem do Fórum para a Aliança Nacional da Gestão Ética da População Canina e Felina. Para tal, o movimento pretende realizar, a nível dos municípios, a esterilização massiva e continua dos animais, um sistema de registo e a educação da população sobre os cuidados dos mesmos.
“A aliança tem muitas vantagens. Estamos a prever uma série de formações, criar normas também em conjunto, discutir todo o conhecimento e toda a prática internacional que já existe e encontrarmos caminho para cada município, adequado às suas condições, para os animais que vivem naquele concelho”, garantiu.
Maria Zsuzsanna Fortes avançou ainda que o MCCR já tem um acordo de princípio com os municípios, que vão analisar a proposta.
“Assim que tivermos uma resposta, esperamos que ainda este ano possamos assinar uma carta de aliança para a qual todos os municípios e todos os seus parceiros são convidados, e toda a sociedade civil vai participar”, disse, afirmando que espera ter resultados palpáveis, uma vez que o envenenamento dos cães é uma “prática secular” em Cabo Verde, mas, que nunca resolveu o problema.
O MCCR, de acordo com Maria Zsuzsanna Fortes, fez um diagnóstico em 7 municípios e neste momento não há registos de doenças que passam de animais para pessoas e vice-versa. Disse ainda que o país não apresenta doenças graves, como a raiva e a leishmaniose.
“Temos um problema de sarna. E esse assunto vai ser abordado hoje, aqui neste Fórum, porque tudo indica que a sarna humana não é de origem animal”, asseverou.
O Movimento Civil para as Comunidades Responsáveis é um movimento da sociedade civil que tem levado a cabo um conjunto de acções para apoiar na gestão ética e sustentável da população canina, com promoção das castrações, de adopção particular e comunitária, auxílio a animais acidentados, desparasitações, informações sobre os cuidados com o cão e gato e sensibilização para o não abandono