As conclusões constam do “Travel Risk Map”, de 28 de Novembro, mapa produzido por aquela empresa, com sedes em Londres e Singapura, que anualmente refere receber cinco milhões de chamadas de pedidos de assistência de turistas.
Neste mapa, Cabo Verde surge como o único país em África classificado com o nível “insignificante” – o mais reduzido de cinco – de risco para a segurança das viagens de turistas.
Em 2018, Cabo Verde recebeu mais de 750 mil turistas, tendo o Governo traçado a meta de atingir um milhão de turistas anuais até 2021.
A International SOS é uma empresa privada que trabalha com organizações internacionais, as maiores empresas multinacionais, governos e organizações não-governamentais, contando com quase três dezenas de centros de apoio a turistas, que servem 90 países.
O apoio médico aos turistas é uma das valências da empresa, que emprega 10.000 trabalhadores em todo o mundo, dos quais 1.400 médicos e 200 especialistas em segurança.
Partilham a classificação mais alta (“insignificante”) de segurança países europeus como Andorra, Suíça, Mónaco, São Marino, Luxemburgo, Dinamarca e Gronelândia, Eslovénia, Noruega, Islândia e Finlândia, além de uma dezena de pequenos Estados insulares nas Caraíbas e no Pacífico.
Por nível “insignificante” de risco de segurança, a International SOS classifica “taxas de crimes violentos muito baixas”, sem “violência política significativa ou agitação civil e pouca violência sectária, comunitária, racial ou direccionada contra estrangeiros”.
Além disso, nesta classificação, os serviços de segurança e emergência “são eficazes e a infra-estrutura é sólida”, enquanto os serviços de transporte apresentam um elevado nível de segurança.
Em termos de risco médico, nomeadamente serviços de apoio em caso de necessidade de tratamento hospitalar, a classificação de Cabo Verde é de nível médio, o segundo mais alto.
No “Travel Risk Map” de 2019, Portugal apresenta um nível “baixo” de risco de segurança para as viagens de turistas, o segundo mais reduzido, tal como São Tomé e Príncipe e a Guiné-Equatorial.
Já Angola, Guiné-Bissau, Brasil, Timor-Leste e Moçambique são classificados com o nível “médio” de risco para viajar. Trata-se do terceiro de cinco níveis, no qual a International SOS refere a ocorrência de agitação política periódica, protestos violentos, insurgência e actos esporádicos de terrorismo.
Ainda com o nível “médio” são classificadas as viagens em que os turistas “podem enfrentar riscos de violência comunitária, sectária ou racial e crimes violentos”.
Países como o Paquistão, Afeganistão, Iémen, Somália, Iraque, Síria, Sudão do Sul e República Centro-Africana aparecem neste mapa como destinos que apresentam um risco “extremo” de segurança para os turistas.